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quinta-feira, agosto 30, 2007
"Outra realidade pra anestesiar..."



"De onde vim?
Pra onde irei?
Não sei
Nada está no mesmo lugar...
Eu daqui, você de lá
Encontros virtuais todo dia
Já nem sei no que vai dar
Nossa paisagem nova, pop filosofia..."

Tenho ouvido muito Paulinho Moska nesses dias. CD que a Paulinha Danielle me deu. E eu, cá, sugestionada pelo meu interlocutor cibernético. Sim, orkut e msn, algumas vezes nos aprontam boas surpresas. Às vezes, nos "tchaus, até amanhã", dá vontade de dizer: "... não, não fuja não. finja que agora eu era o seu brinquedo, eu era o seu pião, o seu bicho preferido..."
Nãn. De jeito nenhum. Como dizem os paraenses: "Mas quando!"
Ontem, programinha dos bons: VTS com Cláudio Barros e Drica. Juntaram-se a nós, Vitorino Fernandes e Álvaro Mota. Política, insegurança pública, música e poesia. Bons temperos para acompanhar nossa cervejinha e o delicioso peixe do VT.
Hoje, encontro com amiga querida. Nossas vidas. Mas, muito mais a minha vida na berlinda. Como sempre, ela me lê direitinho. E saio mais confortada, mais confortável. Depois, passada rápida no Cabaré do Marquim... só pra controle!
Fechando aqui com outra do Paulinho Moska, que me lembra muito a minha Corrinha. Mas também tem muito de mim. Dessa vez, me fez refletir no quanto eu preciso me perder desse comportamento. Para dar lugar a uma calmaria necessária. E feliz.

"Quando a âncora do meu navio encosta no fundo, no chão
Imediatamente se acende o pavio e detona-se minha explosão
Que me ativa, me lança pra longe pra outros lugares, pra novos presentes
Ninguém me sente..."




terça-feira, agosto 28, 2007
A gente vai pra ser feliz...



Eu sempre tive vontade de assistir a um show do Rei. Ontem, por ossos do ofício, fui ao show. Na pauta, cobrir a emoção dos fãs, do público. Fiz uma puta matéria. Gosto quando até eu fico feliz com o resultado do meu trabalho. Minha auto-crítica deu 10 pra mim. Legal!
Liguei pra Tia Inêz de lá pra dizer: “Obrigada por ter me ensinado a gostar de Roberto Carlos!” Ao fundo, o som de “Detalhes”, que o Rei tocava no melhor estilo “um banquinho, um violão”.
Hoje, altos papos pelo msn. Fico feliz de ainda poder encontrar gente assim, do bem, inteligente e gente boa para dividir boas conversas pela net. A gente sempre sai mais rica, né?
Ando meio sem tempo, sem saco, sem estímulo pra escrever. Mas, queria dividir um excerto de outra música da Vanessa da Mata, que adorei descobrir...

“Corre pra ver
Se é de olhar, se derreter
Se, de repente, pode ser
Se este instante lhe chamar
Viva, tenta
Corre pra ver
Se é gostoso, por que não?
Se é bem bom pro coração
A gente vai pra ser feliz...”


Por que lembrei dela? Porque numa outra conversinha pelo msn a Maria Zilda me deu uma lição. Na vida, a gente tem que viver o momento. Deixar rolar e ver se rola... Então, vamos viver, pois!




sábado, agosto 25, 2007
Algumas de mim



“Sou grande,
quando pequena
me carrego no colo.
Sou tantas, que
passo os dias
a me conhecer...”
(Clarinha)

Não dá. Não posso. Me dei alta da terapia há um ano e meio. E agora to regateando com minha catarse aqui no blog. Posso não. Não deixem não. Preciso disso aqui pra desanuviar...
Vida corrida. Semana corrida. Juízo correndo pra se ajustar. Sinto que tô, de novo, entrando num novo ciclo. Mais lenta. Menos ansiosa. Com muita disposição para fazer apenas aquilo que eu quero. Sem muita saco para “fazer o social”, sabe?
Dei uma volta ontem com a Aline, depois de dar um beijo na tia Jack, que voltou para Buenos Aires. (SAUDADE!) Fomos pra o Maresia. Uma bebidinha pra relaxar. Uma paçoquinha pra forrar. E muito papo pra botar em dia. Terminamos a noite no Planeta. Pra variar... E foi bem legal. Rock do Martini Cadillac. Abri as asas e me joguei! Tava precisando.
Tô revendo meus conceitos... Quero não essas relações relâmpago. Quero não me envolver sem criar expectativa. Quero não dar um beijo hoje sem saber se amanhã o dono do beijo vai me ligar. Quero não a superficialidade do ficar por ficar. Eu mereço mais. Mereço melhor. Eu me devo superar as minhas próprias expectativas. E vou pagar essa dívida comigo mesma.
A frase da Clarinha, acima, me fez pesar um pouco sobre eu mesma me abastecer do carinho e da alegria de que preciso para ser feliz. Com isso, não estou aqui levantando a bandeira da “solterice convicta”. Tipo: “não faz mal, eu tô carente, mas eu tô legal”. Apenas, não estou mais naquela de me lamentar por que ainda não chegou a hora. Essa semana, mais uma vez, fui questionada por que estou solteira. Respondi que não sabia, mas que não me grilava mais. É muito estranho pra mim não ter alguém bacana pra dividir os dias. Mas, aprendi a não sofrer por isso. Vivo bem comigo mesma. E isso é o que mais importa.
Ainda assim, Vanessa da Mata me emociona, do jeito de dar nó na garganta quando ouço:

“...Ver que tudo pode retroceder
Que aquele velho pode ser eu
No fundo da alma há solidão
E um frio que suplica um aconchego...”




terça-feira, agosto 21, 2007
Por onde começo e onde vou parar



“Quero dizer mais
e digo: mais.
Mas cada vez
digo menos
o mais que sei
e sinto...”

(Ana Hatherly)

Li isso no Bill esses dias, quando fui visitar uns blogs queridos de uma gente querida, com quem estava em falta. Muito mais comigo que com elas. E essa frase me dopou. Fiquei paralisada ao lê-la. Disse muito de mim. Ultimamente.
Melhor, viu? Mais oportuno é ser econômica no falar. Quanto barulho pode vir de um silêncio... Quanto aprendi nesses dias de mudez recomendada... Castigo para voz cansada. Pra alma cansada de falar demais.
Sei de algumas coisas, emudeci.
Sinto algumas coisas, que prefiro nem dizer.
Descobri hoje mais uma música linda. Que é absolutamente apropriada para o momento que estou vivendo. Ou deveria ser. Se não estivesse sendo um tanto quanto conturbado. Para não dizer, complicado. Como, de resto, tem sido as últimas histórias que vivi. Lembro que minha terapeuta chegou a dizer, um tempo, que eu atraía esse tipo de situação. Mas, me diz, quem diabo vai querer viver um troço cheio de enrolada??? Rum hum hum...
Mas, o que eu preciso é relaxar. Não ficar me prendendo a esteriótipos, em situações padrão. Não existe mais isso. As relações, nos dias de hoje, começam fluídas. Como diria meu amigo Fábio Polar: SOLÚVEL, VOLÚVEL, VOLÁTIL!!!
Então, é pagar pra ver. É aguardar, com serenidade, sem expectativa, o desenrolar do próximo encontro. Ver se rola... Confesso que acho tudo muito confuso e estranho pra minha cabeça. Mas, se é para dançar... vamos ver qual é a próxima música!
É essa: “Meu amor se mudou pra lua”, da Paula Toller. Cd novo. Solo.

“Cai a tarde sobre os ombros da montanha, onde me largo.
O dia não foi.
A noite o que será?
Meus cabelos pela grama e eu sem nem querer saber
Por onde começo e onde vou parar.
Na imensidão da manhã
Meu amor se mudou pra lua.
Eu quis te ter como sou
Mas nem por isso ser sua.
Vou adiante como posso, liberdade é do que gosto
O dia nasceu, azul é sua forma.
Já não quero mais ser posse, fosse simples como fosse
Um dia partir sem ganchos nem correntes
Façamos um brinde, façamos um brinde
À noite que vai chegar
Façamos um brinde, façamos um brinde
Ao vento que veio dançar
Na imensidão da manhã
Meu amor se mudou pra lua
Eu quis te ter como sou
Mas nem por isso ser sua...”
P.S.: Vamos fazer a corrente do bem aí de novo, gente?!




sexta-feira, agosto 17, 2007
“Há folhas em meu coração... é o tempo...”



De duas horas da tarde pra cá, eu falei com duas ou três pessoas ao telefone, tratando de assunto de trabalho. Como sempre. Dei uma ligadinha rápida pro meu primo Amaro, despachando ele do combinado: sábado na fazenda da Lis. Por recomendação médica: nada de farra, nada de falar, nada de muito gelado, nem muito quente. Um anti-inflamatório, um antibiótico, pastilhas e...
R-E-P-O-U-SO.
Do corpo, da mente e, principalmente, da voz.
Diagnóstico: Laringite das bravas. Resultado de irresponsabilidade com minha saúde. Ontem, no Planeta, na mesa com Dani Rego, Raquel e Marquinhos, decidi que preciso dar um tempo de rua. Parece cíclico. Passei os primeiros quatro meses do ano de molho, em casa, viajando pra dentro, cuidando de mim. De maio pra cá, foi farra atrás de farra. Conheci umas pessoas, desisti de outras. Curti com umas figuras. Outras curtiram da minha cara. Mas, faz parte!
Preciso mesmo é meter as caras nos livros, procurar o Gustavo Said logo pra conversar sobre a possibilidade de tentar o mestrado, levar meus currículos nas faculdades pra ver se começo a dar aula no ano que vem e cuidar da minha casa. Da minha vida.
Faz tempo que não falo aqui da minha vida, né? Quero dizer... vida, paquera, amores, dores... É porque não tem sido assim tão movimentada assim, sabe? Nada emocionante demais. Um beijinho aqui. Uma saidinha ali. Nada sério. Mas, em Salvador, um reencontro foi um “de volta ao passado”. Passado distante. Ainda era uma adolescente burra, tapada, que não sabia enxergar onde havia luz, vida, sentimento. Uma emoção resgatada. Um sentimento renovado. Stand by.
Aqui, de volta, novo reencontro. Um em especial. Uma história difícil de ser contada. Mais ainda de ser vivida. Melhor aguardar o tempo. Quem sabe ele mexe os pauzinhos dele... Vou ficar aqui, na minha, aguardando ouvir a Nana Caymmi cantar assim: “Batidas na porta da frente. É o tempo. Eu bebo um pouquinho pra ter argumento. Mas fico sem jeito, calada. Ele ri...”
Mas, como estou na fase “Vanessa da Mata”... vou ouvindo uma musiquinha aqui do CD novo, que é bem adequada...
Vou indo, pra cama, filminho e repouso. Dodói, sabe como é, né? Aff, vendo aqui a propaganda do novo Punto, da Fiat! Completamente apaixonada por esse carro. Mas precisava ganhar bem mais pra sonhar com ele... Vou sonhar com o príncipe encantado. Ou um sapo. Tanto faz. É mais simples convencer-me em não tê-lo...

“Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr do Sol, postal, mais ninguém
Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro...
Meus melhores beijos serão seus
Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais
É tanta graça lá fora passa...
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer...
Quero dançar com você
Dançar com você...”
(Vanessa da Mata)




quarta-feira, agosto 15, 2007
Abraçando Teresina




Tenho saudade de um tempo em que jogávamos vôlei, eu e meus amigos, à noite na Praça da Alegria.
Hoje, não dá mais.
Saudade de vir a pé depois das 9 da noite da aula de natação, caminhando pela Jockey Clube, sem nenhuma preocupação com a violência.
Dá mais não.
Tempo bom foi aquele em que ficávamos no sereno das festinhas, conversando, namorando, sem sobressalto algum.
Nem pensar.
E quando pegávamos carona na porta do colégio para voltar pra casa. Na boa, sem receio. Todo mundo era do bem.
Irrealidade no presente.
Tão bom ver as vovós e vovôs com as cadeiras na porta da rua, contando causos, rindo das travessuras dos netos, vivendo feliz.
Raros são os cantos em que ainda vemos cenas assim.
O que eu quero dizer com tudo isso? Que eu amo minha terra. Não nasci aqui. Mas moro nesse chão com o sentimento de posse de quem se abancou pra sempre.
E por que lembrar disso que dá angústia? Pra dizer o quanto eu acredito que estamos construindo um lugar melhor pra se viver. Não creio que “tudo vai voltar a ser como antes”. Mas as mudanças que essa cidade está sofrendo são profundas e seguras. Mesmo sendo parte da estrutura administrativa, me sinto cidadã e livre o suficiente para admitir... o que está sendo feito por essa terra e essa gente é a maior obra que se tem notícia.
Teresina está mais viva. Mais bonita. Mais alegre. Mais feliz. E nela eu deposito minha alma de teresinense. De alguém que ama esse lugar e que não tem a menor vontade, nem vocação para pensá-lo longe. Quero viver os meus dias nessa cidade de gente afetuosa, de sorriso largo, de braços abertos. Quero seguir construindo aqui a minha felicidade. Quero encontrar aqui o meu amor. Quero criar aqui os meus filhos. Quero contar aqui histórias para meus netos. Quero fechar os olhos aqui, mas antes quero ver o pôr-do-sol mais lindo do planeta. O pôr-do-sol de Teresina.
Essa é minha carta de amor à Teresina. Que não chega nem aos pés da bela poesia feita pelo Cineas e musicada pelo Erisvaldo, o Hino de Teresina:

"Verde que te quero ver-te!
Verde que te quero glória,
Ver-te que te quero altiva,
Como um grito de vitória!”

P.S.: A Teresina que quero vai estar estampada no programa especial que a TV Cidade Verde vai apresentar nesta quinta-feira de 10 às 15 horas. Mais uma superprodução. Mais um esforço coletivo de uma equipe maravilhosa. Mais um motivo para eu me orgulhar do meu trabalho, do local do meu trabalho e dos meus colegas.




segunda-feira, agosto 13, 2007
“Às vezes, parece até que a gente deu um nó...”



Madrugada de hoje. Umas 4h30 acordo minha irmã no quarto ao lado com um suplicante: “Caaaaaachaaaaa!” Tava meio delirante, com calafrio, garganta fechada e sentindo o corpo todo dolorido. Parecia ter levado uma sova. Mesmo na ausência de um termômetro em casa. Diagnosticamos febre. Paracetamol na pessoa. E mais uma nimesulida pra desinflamar a garganta, que já estava fechada. Tive até crise de falta de ar.
Dia clareou, café da manhã rápido e rumei pra Fundação. Dia corrido. Espera alegre da estagiária que vai me dar uma mão lá. A escolhida é filha de um grande amigo, Luizinho de Aracaju. Um doce de pessoa que eu vou fazer questão de ensinar o que aprendi. Respirei mais aliviada com ela lá.

De tarde cedo, levei a Gaya de novo no veterinário. Resultado: minha filhota tá dodóizinha. Uns carocinhos que coçam muito e ela, lambendo e mordendo, não vai ficar boa nunca. Anti-séptico local e um detestável colar elisabetano para impedi-la de machucar. Aí está o problema: olha pra carinha dela com aquele troço... Tristeza geral aqui em casa. Eu, Guinha e Cacha querendo encontrar um jeito de tirar aquele negócio incômodo do pescocinho dela. Segundo a médica, ele deve ficar 10 dias com aquilo. Não sei se vou agüentar não... Tem um nó na garganta e na alma. Muito ruim ver filho sofrer!

Contagem regressiva na TV Cidade Verde. Novo programa especial. No aniversário de 155 anos de Teresina, uma linda homenagem, um encantador presente para a cidade. E nós, mais uma vez, vamos dar um show!!!

E, gente, vou indo, viu? A molezinha no corpo voltou. Tomei todos os cuidados e remedinhos que a Dra. Lela me receitou. Tomara que eu amanhã amanheça boa. Reza aí, ta?
P.S.: O trecho da música que entitula o post é do Lenine. E a foto foi feita sexta, quando eu recebia um dengo super melento da minha Gaya.




sábado, agosto 11, 2007
Veja por esse ponto



Essa música está no repeat do som do meu carro. Tô ouvindo direto, cantando direto, introjetando direto. Bateu fundo ontem quando a "ouvi" de verdade. Sabe como é? Caramba! Prestenção...

"É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer

São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará
Tudo o que quer me dar

É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim

Irreais Expectativas
Desleais
Mesmo, se segure

Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro

Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais
Um bom encontro é de dois".


Aí, você soma essa poesia linda à voz doce de Vanessa da Mata e a sensualidade vocal de Ben Happer = uma música para marcar a vida da gente. E essa, em especial, no momento em que estou passando, tem tudo a ver com meus novos propósitos.
Feliz descoberta!
Feliz retorno pra mim.
Feliz cidade à vista.
Deixo um beijo meu e a promessa de que amanhã venho por aqui de novo prosear um pouquinho mais, viu?

P.S.: Foto feita no Museu do Carmo, em Salvador!




quarta-feira, agosto 08, 2007
Uma questão de ver com outros olhos



FOTO TIRADA EM OLINDA EM FRENTE AO RESTAURANTE MARISQUEIRA!
Dia desses estava conversando com a Tia Inêz e estávamos falando sobre o meu cabelo cortado, que a Gorete tirou bem mais que umas pontinhas e tal. E eu disse que, apesar de o cabelo estar precisando do corte, eu queria mesmo é vê-lo enoooorme... Aí, ela me perguntou se eu havia me chateado. E eu, de pronto, disse: “De jeito nenhum. Tia, foi-se o tempo em que pouca coisa me tirava do sério. Hoje, vejo as coisas com uma serenidade diferente. Acho que eu nem sabia o que era isso!”
E que gosto bom tem isso que o tempo guarda pra gente no momento certo: DAR VALOR AO QUE VALE A PENA!
Ontem, estava certa de voltar pra academia. Mas, a Cacha ligou chamando pra encontrar a Lis e a Liciane no The Shopping. Resultado: seis rodadas de chopp geladíssimo e sem colarinho. E muita, muita conversa fiada, muita gargalhada. Tudo o que a gente precisa fazer mais vezes juntas. E já combinamos que vamos, sim.
A Cacha me mostrou um cartão, cuja frase trouxe pra cá:

“Os anos ensinam muitas coisas que os dias desconhecem!”
Emerson

SUTILEZA, MATURIDADE, CHARME, SABEDORIA, PACIÊNCIA,
CALMA, TRANQUILIDADE, SATISFAÇÃO, SENSIBILIDADE,
EXPERIÊNCIA, AMOR, PAZ, ENCANTAMENTO,
TERNURA, MALÍCIA, HUMOR,
SENSUALIDADE.


Em compensação... a Paulinha me deu de aniversário um cd com cópias de cds que amo. O do Lenine me fez parar ao ouvir de novo e de novo e de novo uma música que a Cacha já havia me mostrado. E então, mais uma vez me admitindo frágil, humana, aprendiz... me delato cantando pra vocês.

“Tenho medo de ascender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá...

Tienem miedo de reir y miedo de llorar
Tienem miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienem miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá...
Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo.

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de dormir
Medo de se arrepender, medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá...”




segunda-feira, agosto 06, 2007
"ABENÇOA A MINHA ALEGRIA!"



Sou uma criatura abençoada! Disse isso à Sankinha e à Paulinha no sábado quando elas foram me abraçar lá na casa do Marquim. Aviso aos navegantes: não fiz festa nenhuma pra comemorar o meu aniversário. Mas, quem ligou, ouviu a mesma ladainha. “Vou tomar uma gelada na casa do Marquim. Se quiser, aparece lá!” Sim, mas... como eu dizia, sou abençoada por ter gente do bem demais ao meu redor. Tem vampiro também. Mas tenho aprendido a lidar com eles. Hoje, a Vivi Bandeira me ensinou um troço bem bacana pra me deixar ainda mais poderosa na função de, como diz a Lela, “proteger minha alma”. Esse fim de semana foi bem legal. Sexta, a Lis e a Geysa me chamaram pra começar o que a Lis chamou de “Festejo da Nhanhucha”. Fomos pro Planeta e encontramos com a Cacha. TDB, como diz o Riva! A noite terminou com reencontros... legal demais! Sábado, almoço com tios, primos e mana na casa da Tia Inêz. Tia Jack, Tia Nau e Tio João foram me abraçar. Minha linda afilhada Dedila chegou na hora do bolo! Felicidade completada!!! De tarde, fui receber as lambidas da Gaya no canil. De tardezinha, as Marias (Dolores, Zilda e Claudinha) invadiram minha casa com bolo de chocolate e brigadeiro e fizemos aquela festa. De noite, a casa do Marquim serviu de abrigo para os meus amigos e os amigos deles. Eu estava feliz. Plena. Aliás, eu estou feliz! Melhor: eu sou feliz! Domingo, dormi até 2h30. Arrumei meu quarto, que estava uma zueira... E fui comer panelada, atendendo ao convite do Sobrinho, na casa da tia Mariinha, onde encontrei Liciane e Reginaldo. Ai, que eu tava com saudade da Neném (ela ta morando em Belém). Tomamos umas geladas e nos atualizamos sobre nós mesmas. Bom ter amigos assim, viu? De noite, cineminha bem acompanhada de gente do bem e conversa da boa até tardão. Aff... Ufa... Eita! Chega, né? Essa semana, voltar a atenção pra malhação e pro estudo. Quero e preciso voltar a estudar. Meu pai tá me dando a maior força. E eu tô empenhada em me capacitar para tentar um mestrado e logo! Torçam aí por mim, tá?

P.S.: Deixo com vocês um dos melhores presentes que recebi no dia 4. Uma oração cuidadosamente escolhida pela Paulinha Danielle pra mim. E, quer saber?, é a minha cara. Me emocionou muito e eu espero que a você também. Ore comigo!!! Senhor Abençoa a minha alegria!
Senhor, abençoa a minha alegria!
“Senhor, minha estrada é feita de dias que nem sempre estiveram claros e felizes, e onde horas sombrias turvaram meu coração de aflição e lágrimas...Experimentei muitas vezes, meu Pai, a solidão, o abandono e a ingratidão... Em minha memória persistem ainda momentos amargos, onde se misturam dor e mágoa, a dizer de almas que passaram por mim quais tormentas humanas deixando para trás um rastro infeliz de dano e destruição... No corpo, meu Pai, a marca do tempo, e em minha alma, a marca dos sentimentos alheios e que nem sempre estiveram de acordo com a Tua Lei de fraternidade, caridade e perdão...

Amei, Senhor, e nem sempre fui amado; reparti, e muitas vezes passei por privações; estendi a mão amiga e tropecei por falta de apoio; abracei e me vi sozinho; sequei lágrimas e chorei a sós minhas dores; ofertei abrigo e caminhei ao desamparo; clareei caminhos e me surpreendi sem rumo na noite da prova; solucionei enigmas e me perdi de mim mesmo; suscitei esperanças e vi meus sonhos se desfazendo sob os pés de ingratos; indiquei o Senhor como remédio adequado a todo sofrimento e me esqueci de Ti na hora de meu martírio por não ouvir da boca dos que beneficiei palavras que me lembrassem de Tua presença ao meu lado...

Mesmo assim, Senhor, não deixei meu sorriso perder-se entre as brumas da aflição e da tristeza. Persisti vida afora, da maneira que me foi possível, preservando dentro de mim o tesouro da confiança e da fé, a se manifestar na tímida alegria com que soube sempre saudar a vida, nas suas mais diversas manifestações!... Vive em mim a alegria por laço indestrutível a ligar-me à Ti, qual caminho sólido e seguro e no qual Te vislumbro porque és acima de tudo claridade, vida e contentamento! Se é na confiança no amanhã que nasce a força para enfrentar o hoje, por mais difícil, é na luz e na magia de um sorriso abençoado por Ti que esta força torna-se poder irresistível e transformador!

Te rogo, Pai, abençoa sempre este meu estado de alma! Não permita que as provas pelas quais passei e ainda passarei empanem com sua sombra triste os dias que me restam sobre a Terra! Que nem a dor, nem a doença, sequer as perdas me façam deixar de cultivar no rosto o sorriso que desfaz toda melancolia e toda lágrima! Que eu saiba manter no coração a alegria qual facho permanente de luz a unir-me ao teu Amor, e a me falar de alegrias maiores e mais venturosas que reservas a todos os filhos que embora açoitados pelos males do mundo permaneçam contigo sem desfalecer, seguindo em frente jubilosos e pacificados desde agora, no rumo do Teu Reino eterno de infinita glória e felicidade!”
(André Luís)
Assim seja!




quinta-feira, agosto 02, 2007
"Eu não sabia que existia o verbo parto de partir..."



Voltei de Salvador e encontrei uma novidade em casa. A ausência-presença da gaya. A casa vazia. Silenciosa sem os latidos. Quieta sem a carrerinha nervosa dela atrás da Mel, a gatinha da minha irmã. Eu sinto falta. A Cacha sente falta. A Mel sente falta. Passa o dia ronronando e miando de saudade e solidão. E carente, claro. O que acaba sobrando pra mim que tenho que me segurar quando ela quer apenas chamar minha atenção e eu, traumatizada com os “ataques” do passado, meio que fujo dela pela casa.
Sim, aí... tava ouvindo o CD novo da Paula Toller, que o Wausteen gravou pra mim, e parei na música que ela deve ter feito pro filho. (E Paula Toller tem filho? Se tem, nem sabia...) Ainda não aprendi a letra, mas ela fala de algo sobre não conhecer “parto de partir”. Deixa ver se eu me faço entender... ela descreve como se fosse um parto (a dor, a angústia, a solidão até...) a sensação de ver o filho partindo de casa rumo ao sonho.
Aí, não teve jeito. Eu me emocionei, chorei, engasguei. Lembrei da minha mãe, claro. Das vezes dolorosas em que a gente tinha que se separar para eu e a Cacha irmos de férias ver o meu pai. Caramba, parecia que a gente nunca mais ia voltar, sabe? Ela sofria horrores... De certo que lembrei da Corrinha também porque ontem foi dia 1°, seis anos que ela subiu pro andar de cima. Mas também porque já falei aqui ene vezes do meu desejo de ser mãe e tal... e vejo isso cada dia mais distante. A cada aniversário isso fica ainda mais distante, eu acho. Aí, viajei tipo “será que nunca vou sentir esses partos de que ela fala... o parto de parir e o parto de partir?”
Esses dias, eu tenho experimentado chegadas e partidas que têm me dilacerado o coração. Tenho ido visitar a Gaya diariamente no canil onde ela está hospedada até a Maria voltar das férias. E a carinha que ela faz ao me ver chegar e ao sentir que eu tô me arrumando pra ir embora é de doer, viu? Não deu outra... me lembrei que a Gaya é minha filhotinha e que estar separada dela é dor grande pra mim. Vixe, mas eu chorei... Então, quando eu li esse poemazinho daí debaixo, me senti confortada, lembrando os carinhos que tenho dado nela e as lambidas que tenho recebido em troca. Com elegantes balançadas de rabo, claro!

“Quentinho o ninho em seu
flanco e costela, que distraio
- e agarro – triz de raio! (...)
Parte ouvido, parte eco
- e nela eu grudo,
como a clara à gema, como
à pele o esquimó
- mais do que siameses!”
(Marina Tsvietáieva)