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quarta-feira, novembro 28, 2007
Há um tempo para todo o propósito...



Conversa linda que eu tive com a Ariadina e depois com a Nadja. Elas pareciam estar incubidas por Deus em me dizer palavras que eu precisava ouvir. E outras que eu tinha que proferir.
Chega de querer que as coisas aconteçam no tempo que eu acho que elas devem acontecer. Chega de pressa. Minha vida está na mão de alguém. E esse alguém sabe o que é melhor pra mim. Entreguei minha vida a Deus. E Ele é quem sabe o quanto devo esperar para que tudo fique bem. Por enquanto, já está indo bem. Mas vai ficar melhor. Eu sei, eu sinto, eu mereço. Sou uma filha amada. Sempre soube disso.
Abaixo, excertos de Eclesiastes 3. Uma indicação da Nadja e que veio bem a calhar...

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz...

Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim...

Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.
O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou...

...porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra...”





domingo, novembro 25, 2007
Tudo bem simples, tudo natural...



Eu tenho andado com mais cuidado. Até no volante, eu ando sem pressa. O frenesi do trânsito não me atormenta mais. Nem as buzinas, nem os palavrões. Tenho mais com o que me estressar. Aliás, não quero ter mais nada com o que me estressar. Nada de estresse.
A Gaya tem me feito muita companhia. A Cacha tem sido uma mana muito presente. A Tia Jack e a Tia Nau se desdobrando de carinho. A Tia Inêz veio passar uns dias por aqui e eu, claro, me sinto ainda mais acarinhada. Até a Maria tá menos resmungona. O mundo anda sorrindo mais pra mim.
O sol tem me dado cada entardecer... As noites tem sido até agradáveis! O Marquim ligou pra mim no sábado à noite me dando a lua cheia de presente. Ela estava vermelha, parecendo uma laranja. Linda! Me lembrei que fazia isso todo mês com minha Corrinha. Ligava pra ela e pedia pra ela ir à janela... Aí dizia: “Olha pro lado esquerdo... é um presente meu pra você!”
Hoje foi um dia muito legal! Por isso resolvi escrever mais umas linhazinhas... Esse pensamento aí foi a Tatá que me mandou. Achei a minha cara... por isso, ctrl c + ctrl v.

"...O que sei é que ando me atropelando nos próprios passos.
Eu resolvi desacelerar. Eu vou no ritmo que posso...
O corpo anda no compasso da agenda. O coração anda é no compasso do amor miúdo...
Há momentos em que a luz miúda nos revela muito mais que mil holofotes. Chega de vida complicada. Eu preciso é de simplicidade!"

Padre Fábio


P.S.: PORQUE DEUS SEMPRE DÁ PROVIDÊNCIA!





sexta-feira, novembro 23, 2007
Cores se acabando de alegria





“...E todo amor
Tem um sonho, tem um sonho:
Propagar-se por terras antes perdidas,
Dando vida a um viver...”
Djavan

Já ouviram o CD Matizes, do Djavan?
Divino!
Aliás, eu sou suspeita, né? Sou fã desde os 13 anos. Lembro como se fosse hoje de mim grudada na tv num especial de fim de ano com Djavan na Globo. Eu de férias em Salvador... até obriguei meu pai a comprar o LP pra eu assistir ao show cantando as músicas. Emocionada. E boba.
Ando boba ultimamente. As músicas têm mexido comigo. Ainda mais. Natural quando se está ainda mais sensível. Mas eu tô feliz. Por isso que esse cd do Djavan tem me feito levitar. A voz dele me encanata. As letras, os arranjos, as melodias...
Hoje, reuni um povo que amo pra comer rodízio de espetinho. Marquim, Amaro, Kaká, Maria Dolores e Aislan. Noite agradável. Papo idem. Comidinha boa. Acabei vindo mais cedo pra casa. Eles esticaram. Num dá pra mim não. Amanhã trabalho, domingo trabalho e essa semana foi de muita ralação. Preciso desacelerar.
Vou indo, viu, gente?! A vida me chama pra descansar. E eu vou.

Hai-kai da descoberta

“A vida se soma
Quando dois vira três.”
Anucha Melo

P.S.: PORQUE EU FIZ UMA PRECE BEM FORTE QUANDO ESTIVE EM OLINDA JULHO PASSADO.




quarta-feira, novembro 21, 2007
Um novo caminho a trilhar



Porque eu ando cantando essa música da Maria Rita...

“Cria
Criatura e criador
Cuida de quem me cuidou
Pega na minha mão
Me guia...”


Mas ainda estou meio sem vontade de blogar. Vocês entendem, né?




segunda-feira, novembro 19, 2007
Que venha a bonança!



Tô de volta.
Mas um pouco mais desacelerada. É provável que venha até com menos freqüência por aqui. Não me levem a mal. Tô precisando desse resguardo. Desse acalento de mim mesma. O que posso dizer é que estou bem e tranquila. Basta pra vocês? Porque pra mim isso vem a ser felicidade.
A Tatá mandou outro Caio Fernando Abreu, que vem bem a calhar. Incrível como a gente sempre sai mais forte das adversidades! Olha aí o que ele diz:

"Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica de mim em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro."




quarta-feira, novembro 14, 2007
Brotando do sentimento



Quem me lê sabe que eu dou valor ao que diz Sergio Frug sobre astrologia. Lendo as previsões para o meu signo hoje tive a certeza que os astros estão tramando ao meu favor. Deus tem demonstrado o quanto me quer bem. O destino tem me provado que a vida só acontece quando nos esquecemos dela e a deixamos livremente acontecer. Sou uma afortunada. Se sou...

“Há um movimento positivo à sua volta, beneficiando suas atitudes, especialmente aquelas originadas nos sentimentos”.

Pode, Freud?

Na sexta, vou viajar pra Barrinha com a Tia Jack e a Dedila. Casa de praia, de frente pro mar, com direito ao mar batendo nas pedras bem na janela do quarto. Céu estrelado, ventosidade boa. Peixe e camarão comprados ainda na canoa do pescador. Quero mais o quê da minha vida, meu Deus?
A Tatá tem me presenteado com lindos excertos que me inspiram e muito. Bom feriado e força na peruca, como diz a Mônica. Deixo vocês com meu beijo e com esse Caio Fernando Abreu:

"Não sei, deixo rolar.
Vou olhar os caminhos,
o que tiver mais coração,
eu sigo."
P.S.: PENSE NUMA PESSOA FELIZ... EU!!!




segunda-feira, novembro 12, 2007
O resto é sombra


Acordei cedinho, cedinho hoje. Fui andar com a Kaká. Caminhada rápida, corridinha no meio, canseira gostosa depois. Em casa, antes de ir pro trabalho, dengo na Gaya, minha cadelinha linda de viver.
Manhã produtiva. Tarde idem. Supermercado de noitinha. Locadora de dvd na volta. Pronto! Minha noite vai ser de cineminha em casa. Sim, só eu, eu mesma e Irene. O que é que tem? Feliz da vida.
Claro que eu prefereria que alguém estivesse aqui. Mas, mesmo sem alguém, a vida anda bem. Muito bem. Não é preciso ter alguém por perto. Basta que a vida esteja indo como a gente planeja. E deseja. É aquilo que li na Vida Simples do mês passado, que Shakespeare falou: “você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você”.

Quero parar de ter pressa. Preciso urgentemente da minha yoga. Voltar a respirar pelo diafragma. Ir devagar com o andor. Na mesma revista, uma matéria sobre “ansiedade” foi feita sobre encomenda pra mim: “A ansiedade vem porque queremos chegar logo no futuro, rápido, saber o que vai acontecer daqui a pouco. É como querer adiar a vida o tempo inteiro. Fazemos mil coisas para aproveitar o tempo e preparar o terreno para o futuro, um futuro que não chega nunca”.

A gente tem é que aprender que a vida acontece no tempo dela, ora. Que o quê nos acontece é resultado das tais escolhas que fazemos. Mas a gente tem é que empinar o nariz mesmo pra vida. Tipo: “vambora lá, vida, me apresente a próxima cena para eu protagonizar!” E ficar preparada para o desfecho. Sem medo do que possa vir a acontecer. O Destro soube direitinho me dizer isso em poesia:

“Desfaça-se da idéia que a dor será demais
Lembre que toda vez que o fundo chegou
O desespero só atrapalhou
E desceste ainda mais fundo.
Ainda assim levantaste...”

Porque o legal é as coisas irem acontecendo com a gente de uma forma que a gente nem planejou. Simplesmente. Surpreendemente. Naturalmente. Delicadamente.
O bom é a gente ir seguindo. Vendo qual é. Topando os desafios da vida. E se as coisas não transcorrerem como a gente imagina que seja legal... é só pular do barco. Pode até ser em movimento. Pra dar mais emoção!

"Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é sombra
De árvores alheias..."

(Fernando Pessoa)

P.S.: ESSE MUNGANGO QUE EU TÔ FAZENDO NA BOCA, SERRANDO OS DENTES... FAÇO ISSO DESDE CRIANCINHA. ATÉ HOJE. FEITO UMA MOLECA DANADA!




sábado, novembro 10, 2007
“Pega leve, vai levando...”



Foi mais ou menos isso que eu ouvi (ou melhor, li no msn) da Liciane hoje. Legal! E é esse o mote da musiquinha nova que a Ivete fez pra aquela cerveja, sabe? Bonitinha. Vocês já viram a propaganda?

“Tudo pode pegar. Tudo pode acontecer.
Pega leve com a vida. Que a vida pega leve com você...”


Tenho andado assim. Como diz a Rita Apoena: “vivendo tão intensamente o momento presente, que quase chego atrasada ao seguinte”. É que a vida está mais vibrante. Mais colorida. E resolvi embarcar nessa viagem do pote de ouro do arco-íris. Tem seus altos e baixos. Mas o percurso não é menos estimulante por isso. São dias de sol. E noites de lua clara. Quando deito pra dormir, meu corpo tá leve feito brisa. Relaxado. Disposto a ficar entregue e deixar o sono reparador promover as curas subconscientes. Para que o dia nasça ainda mais feliz e luminoso.
(Ai... tomara que eu tenha contagiado você. Porque, confesso, fiquei ainda mais contagiada de mim mesma!)

Me sugeriram conhecer Herman Hesse. Fui na melhor fonte que poderia ter: a imensa e rica biblioteca da minha mãe. Pense num tesouro! Lá estavam eles todos juntos. Já haviam passado, um por um, pelas mãos, olhos e mente curiosa da minha irmã. Chegou, então, a minha vez. Num fôlego, li “Caminhada”. Passei a vista por “O Lobo da Estepe”. Mas, me interessei mesmo pelo “O jogo das contas de vidro”. Começo daqui a pouco.
Sobre a “Caminhada”: boas surpresas...

“É sentir que a vida palpita em mim, quer seja na ponta da língua, quer seja na planta do pé... que meu espírito seja vivaz, que possa transformar-se em inúmeras fantasias e formas...”

Entendeu? Não, né? Não importa. A mim me importa que eu esteja ciente do que estou vivendo. E, claro, que algumas boas almas vibrem comigo. O pior é que andam me dizendo, ultimamente, sobre o quanto as más almas me vudurizam ao me ler aqui. “Xô! Sai de retro!”. Como diz meu amigo Luizinho de Aracaju: “Quem se encosta em Deus não cai”.

Aí, hoje, sábado à noite, resolvi ficar em casa. Dar um tempo. Me espichar na cama e ler um bom livro. Pensar na vida. Repousar. Trabalhei hoje de manhã. Recebi amigos queridos em casa de tarde. Tô lutando aqui com minha cadelinha pra que ela coma sua comidinha e... nada. Enfim, tô “levando”. Muito bem, por sinal. Sério. Tô me dando o maior ponto. Modéstia às favas!

Pois bem. Já chega por hoje. A Tatá deixou uma Clarice pra mim no orkut. Trouxe-a pra vocês. E também pra mim, claro.

"É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei para você fixamente por uns instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade."
(Clarice Lispector)

E pra minha felicidade ser ainda maior... O Luizinho entra no msn na hora em que eu estava finalizando o post. E me diz isso de presente: “a gente é tanta gente aonde quer que a gente vá...”




quinta-feira, novembro 08, 2007
Nada de lamentar e alimentar



Hoje eu tava indo pra TV quando a Zizi gritou no meu ouvido um: “pára de ficar rolando tempo, lamentando e alimentando dentro a ferida do tormento...”
Putz! Parei. Coloquei no repeat e fui escutando a danada da poesia do José Miguel Wisnik até entendê-la. Ela serve pra mim, pra você, pra todo mundo que engancha num determinado ponto da vida, achando, como um burro quando empanca, que daquele ponto não dá para seguir em frente.
Eu tava assim “isturdiinha” (outro dia desses, traduzindo o piauiês). Mas passou. Um anjo bom botou luz na minha frente e eu ando num trote bonito que tá danado. Galope agora não. Deixa eu pegar o gosto pela cavalgada.
Agora, vou esticar o corpo. Hoje, o dia foi dureza. Até perseguição policial para a captura de fugitivo da polícia eu fiz, acredita? Em compensação, furei TODOS os meus colegas. No jargão jornalístico, quer dizer: só eu dei a matéria. Chato, né? Rsrsrsrsrsrsrsrs
Olha a música da Zizi aí! Prestenção na letra:

“Desce desse galho em que te escondes
Sai desse céu sem ninguém
Onde não vês luz nem horizontes
Onde não vês nada além.
Pára de ficar rolando tempo
Lamentando e alimentando dentro
A ferida do tormento.
Também sei a dor de que te poupas.
Sim, o mundo é cruel
Mas eu te pergunto, com que roupas
Vai contracenar o teu papel?
Pára de ficar rolando o tempo...
Da cilada má, dá trama e a rede
Que destino armou pra ti
Tu fizeste a cama, o colchão e a parede
Do teu próprio quarto de dormir
Pára de ficar rolando o tempo...
Já não há o que, de que, com que
Que te resguarde Joga a tua carta, enfim.
Antes do acaso arder, antes que tarde
Antes do verão ter fim.
Não vou prosseguir nesta toada
Não vou insistir, dizer mais nada.
Deixe que te diga o vento
Pára de ficar rolando o tempo...”
P.S.: Aniversário do Notícia da Manhã. A foto foi feita numa das minhas "aparições"! Também faço parte dessa história, ora!




terça-feira, novembro 06, 2007
Que não seja passageira!



“Você tá diferente. Não sei bem o que é, nem por que, mas é como se você estivesse mais madura, mais tranqüila, mais calma, menos acelerada, menos afobada!”
Ouvi isso indagorinha mesmo. De uma amiga querida, que me conhece há pouco tempo, mas me saca muito. Coisa da convivência. De olhar e ver além. De segredos trocados. De cumplicidade que se mistura à amizade.
Fico feliz de estar transparecendo o que de fato estou sentido em mim: mudanças. Ela disse: “pode até ser apenas uma fase...” E eu complemento: “que seja uma fase, mas que não seja passageira.” Quero me dedicar a cuidar muito bem desse estado de espírito para que ele prospere e impere na minha vida. Acho que tudo é uma questão de regar. E eu estou fazendo isso. Delicadamente.
Esse mês, vou entrar na toca. Sair menos, gastar menos, comer menos, falar menos, dançar menos, zoar menos. Tá na hora de dar uma parada. Programinhas mais lights... tô dentro. Baladas na night... tô fora.
A Oda teve aqui hoje e me deixou uma dica genial: visitar o blog dela. Fui e trouxe algo que parece me pertencer. Ou melhor, parece ter sido escrito pra mim ou por mim (desculpa, Oda, mas senti assim!). É exatamente isso que tenho tentado dizer aqui, sem dizer muito...

“Comecei a semana com esse pensamento sobre não pegar atalhos, não queimar etapas, ter paciência e - sobretudo agora - silenciar. Porque o silêncio é sábio e a paciência é um dom de poucos. Calar e recuar não significa anular-se, mas deixar que as coisas simplesmente aconteçam na hora e no tempo certos.”
(Rosa Magalhães)

A Tatá também me deixou de presente um “Drummond”, que eu até já conhecia, mas que, agora, me fez pensar em como eu tenho mesmo que me desapegar de mim pra estar pronta pra vida...

"...E é hoje o dia da faxina mental. Joga fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes: fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens, e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados... Jogue tudo fora. Mas, principalmente, esvazie seu coração, fique pronto para a vida, para um novo amor!Lembre-se somos apaixonáveis, somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes. Afinal de contas, nós somos o 'Amor'..."

P.S.: Ei, visitem meu flog. www.anuchamelo.fotoblog.uol.com.br
Depois de quase três meses, decidi que já era tempo de trocar as fotos!




domingo, novembro 04, 2007
“Sonhos que passaram por nós. E são meu abrigo...”



Manhã de sábado arrumando guarda-roupa. Já viu, né? Muita tralha pra guardar. Algumas roupas para reciclar. Outras tantas para dar. O ambiente ganha novos ares. Nova vida. Minha vida agradece.
Trilha sonora: Cine Íris, do Los Hermanos. Depois, Beto Guedes 50 anos. Me acabei de emoção... Sempre muito bom ouvir esses mineiros, né? E quando a vida está sorrindo pra gente parece que as músicas ganham uma sonoridade diferente. Segui cantando cada música. E elas fazendo festa em mim.
Mas uma... “No céu, com diamantes”... bateu que chiou. Lembrei da Elis, lembrei da Corrinha. Lembrei de um tempo. De pessoas. De lugares. Lembrei de mim...
Meus sonhos são meu abrigo mesmo. Neles me conforto, me energizo, me resgato. Me retomo, inclusive. Procuro fazer deles meu compromisso com o que acredito. Não são muitos. Mas são os meus sonhos.
Li a Martha Medeiros na Cláudia do mês passado falando de ser “mulher nota 9”, aquela que não se culpa por não ser perfeita. Bárbaro a forma como ela se confessa alguém assim. Maravilhosamente humana e feliz. “Quando eu crescer quero ser como ela!” (kkk) Pois cresce, Anucha! Tá na hora.
Uma das coisas de que mais gostei dela ter me lembrado, citando Contardo Calligaris, é que: “Não é tão importante ser feliz, mais vale ter uma vida interessante”. Putz! É isso o que eu desejo. E é assim que tenho vivido a minha vida. Ultimamente, pelo menos. Tenho aprendido. A dor impõe o amadurecimento. Graças a Deus.
O bacana é você não querer ser Deus. É buscar em si, lá dentro mesmo, a força natural que nos impele pra fora. É se admitir frágil e pedir ajuda às pessoas certas, claro. Legal você se descobrir, se conhecer. Esse processo de auto-conhecimento engrandece a gente. Pra corroborar... “Se não tiver ciente da própria precariedade, ninguém pode ser forte”.
(Jean-Claude Carrière)

Ei, gente, vou deixando vocês com Beto Guedes, tá? Certa de que ficarão em boa companhia...

“Já choramos muito,
Muitos se perderam no caminho,
Mesmo assim não custa tentar
Uma nova canção
Que venha nos trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender...”
(Beto Guedes)
P.S.: FOTO FEITA NO MEU ANIVERSÁRIO. PLANETA DIÁRIO. EU FELIZ!




sexta-feira, novembro 02, 2007
"A gente precisa se encontrar"



Ressacazinha básica. Saída das boas ontem com Amaro, Kaká, Aline e Eduardo. Cumbuca Cultural no Noé Mendes. Fomos felizes. Eu tava com a corda toda. Amaro, mais moleque do que nunca. Tomamos muito “Sol” na moleira. (Ow, cervejinha ruim da moléstia!). E terminamos a noite no Café Café.
Hoje, lendo Afonso Romano de Sant’Anna, rememorei uma cena recente:

“E, no clima amigável, da conversação solta, a memória vai se aquecendo, os fatos vão ressurgindo, e, de repente, abole-se o tempo, confunde-se o ontem e o hoje. É tudo celebração. Celebração da vida vivida como um filme entrecortado...”

Encontrar pessoas é como reencontrar-se consigo. (Putz! Adorei essa minha frase...) É isso mesmo. A gente vai buscando no outro as nossas semelhanças ou aquilo que nos falta ou nos completa. Tenho tido a graça de reencontrar pessoas que me são muito caras. Deus dá a providência. É incrível isso. No seu tempo, no seu lugar...
E, de novo, Romano de Sant’Anna, falando de encontros:

“Entre pessoas maduras, é diferente. Desbrava-se o conhecido. O conhecimento é re-conhecimento. Não é o espaço, o tempo é que importa. Estar juntos é como estar ao redor de uma fogueira recontando a própria vida... E já que os presentes viveram experiências semelhantes, um é a memória do outro, o espelho do outro. É um exercício de reunir fragmentos de vida, reachar em nós a imagem de ontem e reter um pouco o presente que se esvai. Tem, de certo modo, o sentido de carpe diem. Um carpe diem meio retroativo, olhando o retrovisor. Estamos curtindo o presente densamente, como quem toma um velho e bom vinho”.

Como diz o Danilinho do Karranka, “deixe que o acaso faça seu papel de juntar ao mar as gotas do orvalho”. É melhor que seja assim mesmo. Ao acaso. Dando uma forcinha aqui e ali, claro. Mas deixando a vida acontecer. Não se pode deixar de admitir que querer reencontrar é natural, é humano. Aí, a gente volta para o começo. E volta com o poeta:

“A gente precisa se ver mais significa também que nosso tempo está se esgotando, e reencontrar-se é, por um instante, conseguir suspender o tempo, povoar, alargar mais a própria vida...”

Vou indo, viu, gente? Tô faladeira demais. Viajando demais. Vou parando por aqui. Ouvindo a doce voz da Danni Carlo cantando na novela das oito:
“Eu quero ficar perto de tudo o que eu acho certo
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência, meu pacto com a ciência
Meu conhecimento é minha distração
Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio-relógio mostra o tempo errado... aperte o Play”
(Dudu Falcão)
P.S.: O TÍTULO DO POST É O NOME DA BELA CRÔNICA DE AFONSO ROMANO DE SANT'ANNA