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quarta-feira, maio 16, 2007
Estando em mim... numa boa!



Acho que eu nunca me senti confortável com a idéia da solidão. Vi minha mãe “ficar só” muito cedo. Separada aos 32 anos com duas filhas pequenas, não quis refazer a vida dela. Convivemos com a solidão dela durante mais de 25 anos. Sensação de ansiedade e inquietação. Certeza de que estar só era o mesmo de estar infeliz. A adolescência inteira foi de um namorado atrás do outro. Depois, namoros longos. Ficar só, sem companhia, nem pensar.
Foi preciso estar só por mais de um ano para entender que não é tão mau assim. Ano passado, morando sozinha lá no apê e sem um namorado para “encher a casa”, pude ir entendendo, com maturidade, o valor do silêncio, da quietude da alma, da beleza da minha própria solidão. (Leia-se: acompanhada de mim mesma!)
Faz falta um namorado, sim. Fazem falta as conversas intermináveis e até as brigas homéricas. Faz falta o “não ter nada pra fazer do domingo”. Faz falta dividir o milk-shake de ovomaltine. Faz falta mãos dadas no cinema. Faz falta ter pra quem ligar ao chegar em paz tarde da noite. Faz falta um monte de coisa.
Mas, tem uma coisa que não faz mais falta. Não sinto mais falta de mim. E isso é bom. Muito bom. Tenho a mim em tempo integral. Fiquei minha fã. É. Ando assim toda orgulhosa do que estou me tornando. Um ser humano bem melhor. E, admito, é preciso levar na cara, escorregar, tombar feio pra ir burilando um ser melhor de conviver com a gente mesmo e depois com os outros. Nessa ordem!
Voltar para casa num dia de hoje, antes (um ano e meio atrás), era um sacrifício. Medo de ouvir a minha própria voz, sabe? Não me comunicava bem comigo mesma... Hoje, depois de “um dia daqueles”, voltei pra casa com um quadro típico de enxaqueca, liguei pro médico, mandou tomar uns remédios e descansar. E, ao chegar em casa, ficar só, quieta, tranqüila... seria o melhor remédio, né? Mas, não. Encontrar a Gaya toda dengosa, toda querendo fazer e receber carinho... é a melhor forma de não estar só. Pelo menos, por enquanto. Pelo menos, até quando se concretizar a profecia de uma pessoinha linda que pousou como uma borboleta na minha vida, trazendo cor, graça e luz!
Transcrição de um excerto do mail que a Maria Dolores me mandou indagorinha:

“... espere absolutamente tudo ou absolutamente nada de qualquer situação, esteja preparada para entrar no "fantástico" mundo do acaso sem colete, sem máscara, sem disfarces e aproveite cada nova chance que aparecer porque pode ser a hora de você começar algo bem legal na sua vida! Não esqueça que o medo, a dúvida e o pensamento negativo atrasam... Ninguém é tão forte o suficiente para ser imbatível, inatingível, mas também não é fraco o suficiente que não possa estar todo dia de cara lavada, peito aberto à espera de alguma aventura!!!”

Lúcida ela, né?
Aí, só pra fechar... o poema de Drummond que inspirou o post de hoje:

Ausência
"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão apegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres.
Porque a ausência, essa essência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."

P.S.: Lis, eu e Cacha... estávamos juntas indagorinha.

postado por Anucha Melo @ 9:34 PM 





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