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terça-feira, junho 12, 2007
“O coração me batia quase que numa alegria...”



Clarice Lispector para basear todo o resto, ok?

Sou fã. Já falei aqui. A revista Vida Simples tem me ensinado nos últimos oito meses a ser uma pessoa melhor. Na coluna “Sem destino”, a publicitária Sandra Chemin me abriu o horizonte ao falar sobre um ponto em que tenho me fixado ultimamente. A chegada da maturidade. O tão sonhado estado de sentir-me senhora de mim. Nesse meio que inferno astral em que me encontro (sim, porque estou há menos de dois meses do meu aniversário de 36 anos), tento refletir sobre minha vida de maneira mais responsável.
Tipo assim: “o que eu tenho feito para mudar a minha conduta, os meus pensamentos e até os meus sentimentos com relação a mim e ao mundo à minha volta”?
E também: “será que com o meu trabalho eu tenho conseguido melhorar a vida das pessoas e fazer uma diferença no decorrer do caminho”?
Mais além: “a Ucha que me fiz até aqui conserva a candura da Uchinha, menina, com a responsabilidade da Anucha Melo, mulher”?
Se me olho pra dentro, me enxergo criança ainda. Minhas atitudes, meu jeito quase infantil, algumas vezes, e até meu modo de falar me denunciam. Se paro para avaliar a caminhada, concluo: vale continuar sonhando. Se me detenho a pesquisar os percalços, noto que nunca tirei os pés do chão.
Como diz a Clarice Lispector, apesar de ter caído na “danação da minha alma, já que a curiosidade me consumia”... eu segui mantendo uma espécie de âncora de mim mesma, sabe? Como se quisesse lembrar a mim mesma: “Pode ir, mas volte porque ainda falta afinar alguns detalhes nessa alma inquieta”!!!
A Sandra Chemin diz que leu, certa vez, que “a passagem para a vida adulta é uma travessia – momento que impulsiona as crianças a soltar amarras e ganhar mar. Alguns são arrastados pelas correntezas e tempestades”. Outros, como eu, acredito, podem até naufragar, mas, ao chegar em terra firme, tratam logo de construir um novo barco. Pronto para zarpar em nova e estimulante viagem. Claro que, de preferência, com rota definida.

“Sonhos feitos de vida, vento vem terminar...” (Milton)

Vixe, mas lembrei que a Clarice me perturbou com essa inquisição: “Até que ponto até agora eu havia inventado um destino, vivendo no entanto subterraneamente de outro?” Uma vez a minha terapeuta me perguntou se eu tinha consciência de que, com algumas atitudes, poderia estar boicotando a mim mesma. Quis matá-la. Mas, entendi o que ela quis provocar em mim. E conseguiu. Tenho me feito essa pergunta a cada vez que um precipício se abre à minha frente. Antes, me lançava. Hoje, dou um passo para trás.
Lispector de novo fala por mim: “Anteriormente, quando eu me localizava, eu me ampliava. Agora eu me localizava me restringindo”. Perfeito, não?
O certo é que hoje, Dia dos Namorados, estou muito bem acompanhada de mim. E isso me deixa muito feliz. Nem mesmo a consciência de que “o paquera da vez” nem vale tantos suspiros assim me tira de tempo. Esse tipo de conclusão não me desanima. Ao contrário, me alegra. Consigo hoje perceber essas coisas antes que elas aconteçam. Vamos combinar que descobrir que o cara dos seus sonhos não é o cara dos seus sonhos no meio do sonho não é nada legal, né?
Hoje, sinceramente, eu não espero mais pelas mesmas coisas que me nutriam a alma antes. Hoje, há uma calmaria deliciosa de vivenciar. Hoje, a Anucha anda a passos mais largos, mais seguros. Talvez parte do processo de auto-conhecimento que as instruções da Yoga proporciona. Um processo natural, do qual nem tomamos consciência de fato. Acontece.

“Em mim, um sentimento de grande espera havia crescido, e uma resignação surpreendida: é que nesta espera atenta eu reconhecia todas as minhas esperas anteriores, eu reconhecia a atenção de que também antes vivera, a atenção que nunca me abandona e que em última análise talvez seja a coisa mais colada à minha vida – quem sabe aquela atenção era a minha própria vida”.
(Clarice Lispector)

P.S.: Só pra controle... tem umas fotinhas novas no flog. www.anuchamelo.fotoblog.uol.com.br
postado por Anucha Melo @ 9:27 PM 





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