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sexta-feira, junho 29, 2007
Sós na multidão!



Foi assim que eu defini o trabalho do arquiteto Elon Constantino, artista autodidata, autor das telas da exposição “Ermo”, na galeria da Terrasse, em Teresina-PI.
Ao me dirigir para a entrevista com ele, ia cantando aquela música do Fagner, cuja poesia é de Cecília Meireles: “... longe de ti são ermos, os caminhos / longe de ti não há luar, nem rosa / longe de ti há noites silenciosas / há dias sem calor...”. E, juro, não sabia o que ia encontrar... Lindas telas gigantes, em preto e branco, delatando a alma do artista, que eu não conhecia e tive o prazer de entrevistar.
À princípio, um moço emsimesmado de 28 anos. Mas, já nas primeiras colocações, um artista consciente da obra e da importância dela, especialmente para ele. Que admite ser um dos protagonistas dos sentimentos pintados nas telas. Ele argumenta que a solidão das figuras não é, necessariamente, uma admissão de tristeza. Na verdade, são momentos de desencontros, de despedidas, que servem mais de reflexão. Não produzem angústia. As figuras meio contorcidas, voltadas para dentro de si mesmas, meio que buscam o próprio eu, como que se pesquisassem, se curiassem as entranhas de si.
Os seres são transeuntes de um tempo. Passam uns pelos outros sem se comunicarem, sem trocarem nem farpas, nem carinho. Estão sós na multidão. Ora saltam em vôos solos ribanceira abaixo no abismo da alma. Ora se misturam em meio a seres tão estranhos quanto eles próprios. Por que esse trabalho me tocou tanto? Porque essa procura por si mesmo é uma aventura minha sempre. Vez por outra me encontro desencontrada de mim. Me contorcendo por dentro. E, por fora, a alma vestida de dor se expõe num corpo curvado. E essa história me remete a outra música. Zélia Duncan em: “... um homem com uma dor é muito mais elegante / caminha assim de lado / como se chegar atrasado andasse mais adiante / carrega o peso da dor / como se portasse medalhas...”.
É preciso coragem do artista se revelar através da sua arte dessa maneira.
Admitir que é mortal,
frágil,
suscetível,
imperfeito.
Que precisa se olhar
através do que produz
para se mostrar vivo.
Respirando.
Sobrevivendo.
Criando.
Crescendo.
Amadurecendo.
Sendo ser.
Ser humano.

P.S.: Batendo em retirada esses dias. Vou com a Cacha pra fazenda da Maria. A Bacaba. Fogueira alta, lua cheia, meu campari, boas companhias. Vai ser legal. E eu tô precisando. Até a volta.
postado por Anucha Melo @ 8:47 PM 





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