Sou mais ser eu... sempre!
Ontem à noite, como num desabafo, bradei: “Detesto mentir!” Nem mesmo aquelas mentirinhas sociais me caem bem. Me sinto traindo a mim mesma e toda a minha retórica de que é melhor a pessoa saber quem você é, como você pensa e, mais importante ainda, como você age.
Segunda-feira, depois de duas horas quase de academia, resolvi acompanhar o Marquim em duas doses de campari. De lascar, né? Mas, a saudade de sair com meu amigo e a vontade dele de tomar umas... não me fizeram dizer não. Mas o que eu quero apenas é só localizar o fato que me chateou. Não suporto gente com duas caras. Sabe alguém que fala com você efusivo num lugar mais reservado e na frente dos amigos finge conhecer você apenas de “oi”? Um paquera agiu assim lá. Então, cortado da lista! Ou, botão do "Foda-se" pra ele.
E, ontem, cansada depois de sair da TV quase 9 horas da noite, atender a ligação de alguém pra quem não se tem o que dizer me pareceu um terror. Não atendi. A minha atitude, em si, já é uma mentira. Sim, porque se eu quisesse ser honesta e verdadeira simplesmente atenderia e diria: “não tenho o que falar com você”. Não atender é deixar no ar a idéia de que “não ouvi”, “estava ocupada” ou “estava dormindo”. Saco isso de ser conveniente!
Não quero ser conveniente. Quero ser eu comigo e com o mundo. Quero poder encontrar o cara em quem esbarrei hoje numa loja de informática e lembrar que ele é o cara que vendia chiclete na porta do Theatro quando eu era menina ainda. Sempre o tratei bem, sempre o chamei de “meu amigo”. E, ao me encontrar, ele disparou: “você não sabe o quanto me faz bem encontrar com você; faz bem pro dia da gente”!
Isso tudo não é uma encheção de bola pra mim mesma, não, viu, gente? É só pra frisar o quanto me dá prazer em ser eu ou o que eu me construí até aqui. O quanto pesa pouco nos ombros a história de ser “fake”, falsear a verdade pros meus chegados, não olhar nos olhos ao dizer até mesmo as coisas mais simples. Isso eu não me dou o direito!
Como bem disse o Eugenio Mussak na Vida Simples desse mês:
“SERMOS O QUE SOMOS VERDADEIRAMENTE É O ÚNICO CAMINHO PARA CHEGARMOS A SER O QUE DESEJAMOS INTENSAMENTE”.
Fecho com a Paty. Pra os outros, Patrícia Mellody. Pra mim, sempre Paty:
“Se eu pudesse te explicar
A lógica da vida
Tudo, tudo vai passar
O bálsamo e a ferida.
Se eu pudesse te dizer
O que agora eu sei
Um dia de pés no chão
No outro, estou vestido de rei.
Um dia de chuva
O outro, de calor
Um dia bem quieto aqui
No outro é festa, eu vou.
Vai passar
Vida pra viver
Vai passar
Deixa acontecer
Vai passar
Siga o coração
Vai passar...”
P.S.: Foto tirada no Museu da Roça, em Pedro II. Poesia de Patrícia Mellody.
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