Tava vendo o dvd do Zeca Baleiro sábado e essa frase da letra de Sérgio Sampaio me tocou profundamente. Com aquela melodia suave... me fez pensar no que eu sinto falta da minha vida agitada e do que me basta para que eu fique bem.
Sinto falta das folias quase infantis da casa do Marquim, quando uma turma unida e companheira estava sempre junta pra curtir. Sinto falta das folias intermináveis no Casarão, quando cobrice nunca existiu dentro da turma. Sinto falta das noitadas no MPBar, quando ouvir música, cantar e dançar era a nossa diversão. Sinto falta das conversas sobre tudo no mundo no Egipe, quando voltar cedo pra casa não estava no programa. Sinto falta do colo de alguns amigos, quando a verdade e a sinceridade nos movia no mesmo caminho. Sinto falta da gargalhada esparrosa da Lícia, das piadas bem colocadas do Marquim, das chegadas inesperadas do Fábio “Paulo Roberto” Polar, das brincadeiras do Luiz Bebê, da turma toda reunida na cozinha do Cabaré do Marquim, das birras do André com a Orgarina, das danças malucas da Sayô, dos papos cabeça com o Reginaldo, das músicas do Zeca Baleiro com Stanley e Vivi, da presença sempre agradável do Alcione... de tanta coisa...
Mas, por outro lado, tanta coisa tem me bastado pra me deixar tranqüila, feliz e sem estresse. Minhas horas dedicadas à Gaya, minha filhotinha, que tem precisado muito do meu carinho e meu cuidado. As duas horas de malhação na academia no pino do meio dia. O relax das aulas de Yoga com o Gabriel. O “momento travesseiro” com dois ou três livros, que se revezam na cabeceira. Os paredões do BBB na casa da Dani aos domingos. Uma ida aqui outra acolá no Maresia pra tomar uma gelada com a Aline e o Eduardo. As boas conversas com a Lis. Os melhores conselhos com a Sayô. E toda uma vida nova aproveitada em cada segundo com minha mana Cacha perto de mim.
É a lei das compensações. Na balança, o que me basta tem pesado mais. Tem sido mais importante. No momento. Claro que, daqui a pouco, eu tô de volta em alguma folia. Pra dar minha gargalhada mais gostosa. Pra usufruir das companhias que me fazem bem. Pra sentir que o equilíbrio,
o caminho do meio é associar o que me falta como que me basta. Mas, antes, preciso consertar algumas coisas aqui dentro. E isso... demanda algum tempo. O meu tempo!
“Se fosse resolveriria te dizerfoi minha agonia.Se eu tentasse entender por mais que eu me esforçasseeu não conseguiria.E aqui no coração eu sei que vou morrerUm pouco a cada dia.E sem que se percebaA gente se encontraPra uma outra folia.Eu vou pensar que é festaVou dançar, cantaré minha garantia.E vou contagiar diversos coraçõescom minha euforia....E sem que se perceba a gente se encontrapra uma outra folia.”
(Oswaldo Montenegro)
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