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terça-feira, fevereiro 27, 2007
Escrevia silêncios...




Como Rimbaud, eu “anotava o inexpressável”. Buscava em mim vontades que eu não desejo, sentidos que não me elevam, vertigens que me hipnotizam. Eu, definitivamente, não me encontrava (nem se eu me procurasse) em mim. Estava fora de mim, distante de mim, fugindo de mim.
Parafraseando Mário Benedetti, fiquei “fechando e abrindo o tempo como portas”. E descobri ruelas encantadoras cá dentro. E me deparei com atalhos sombrios. Escuro de mim.
No emaranhado de vertentes de mim mesma, encontrei-me certa do meu acordo comigo: manter a dignidade, a lealdade, a verdade e a fidelidade aos meus princípios. Os melhores que pude aprender. Estava claro que merecia me conhecer mais e profundamente.
E a viagem tem sido demorada, cansativa, desgastante, mas muito, muito proveitosa. Durante esse trajeto, escrevia silêncios que faziam estrondos lá fora. Trovões de pouca gentileza. Mas, o que importava mesmo era o quão gentil eu estava sendo comigo. Sim. Eu estava sendo servidora de mim, pra mim. Tem coisa mais linda do que servir?
A caminhada é árdua, de caminhos ladeira acima e descidas dunas abaixo (com toda emoção a que tenho direito!). Vou seguindo. Sempre em frente. Devagar e sempre. Lúcida. Quieta. E feliz. Nada completa. Mas, dentro da incompletude, absolutamente abastecida de mim.

“O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta”.
João Guimarães Rosa

P.S.: A foto foi a Cacha que fez no apê da Claudinha e do Eduardo segunda-feira de carnaval.
postado por Anucha Melo @ 11:18 PM 





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